domingo, 17 de dezembro de 2017

Capítulo 7 - "E convenhamos que só iria atrapalhar minha carreira. "

Domingo, Outubro de 2014

Neymar Jr On

Júnior: Júlia? - falei quando olhei na direção de onde minha namorada me chamava e a vi, perto dela, parada me olhando. Será que é ela? Claro que é Júnior! Apesar de tanto tempo sem a ver eu não esqueci esse rosto nunca.
Jota: Está errando o nome da sua mina, Juninho. - riu junto com os mulekes e eu não consegui nem olhar para ele. Só conseguia encarar ela, que parecia está na mesma situação que eu. Depois de tanto tempo sem a ver e sem qualquer notícia dela, ela estava aqui. Na minha frente, a poucos passos de mim. Comecei a levantar e bastou isso para ela dar uns passos para trás e depois virar e saí correndo. O que?! Por que ela está indo embora? Fiquei um tempo parado, confuso, e logo depois saí atrás dela. Passei pela minha namorada, que tentou segurar minha mão e falou alguma coisa, mas nem liguei e corri na direção em que a Júlia foi. De longe, vi ela arrastando outra menina para fora do restaurante. Tentei alcança-las, mas quando cheguei lá fora já era tarde de mais e elas já tinham saído com o carro. Porra! Por que ela fugiu? Com certeza ela lembrou de mim, então por que fez isso. Eu estava em estado de choque e confusão parado na frente do restaurante e só voltei a realidade quando escutei os mulekes, minha namorada e minha irmã chegando perto de mim. 
Bruna: Amor, o que aconteceu? Está passando mal? - ficou na minha frente e começou a passar a mão no meu rosto.
Júnior: Estou bem Bruna! - a afastei e suspirei.
Gil: O que aconteceu Major? Saiu de lá mais rápido que o Bolt. - riu e os mulekes acompanharam. Eles devem ter visto ela também!
Júnior: Vocês viram... - parei de perguntar quando percebi que a Bruna estava prestando atenção. Se eu falar sobre a Júlia na sua frente ela vai querer saber quem é e já imagino a discussão que ela vai começar. Não tem um dia que ela não arruma um motivo para a gente brigar, então eu quero me poupar dessa. Até porque, eu estou tão confuso com esse assunto que não aguentaria discutir com ela. Iria acabar estourando! - Bru, paga lá a conta. Estou a fim de ir para casa logo, estou cansado. - entreguei meu cartão pra ela e a mesma concordou, me deu um selinho e entrou no restaurante com a Rafa.
Gui: Você está muito estranho hein Major.
Gustavo: Vai dizer o que aconteceu de verdade ou o que? - olhei para eles e suspirei coçando a cabeça. 
Júnior: Vocês viram a Júlia?
Jota: O que? Onde?
Gil: Está ficando maluco Juninho?!
Júnior: Lá dentro! Eu vi ela! Não estou ficando louco.
João: Deve ter sido uma pessoa parecida e você confundiu.
Gustavo: É! E não é a primeira vez que isso acontece.
Júnior: Não, mas dessa vez era ela. Tenho certeza. Ela até ficou me olhando, mas quando me levantei para ir falar com ela, ela correu. Tentei alcança- la, mas quando cheguei aqui ela já tinha ido embora. - eles ficaram me olhando sem acreditar muito. - Eu juro que era ela! - falei um pouco mais forte e com convicção. - E vocês sabem que isso não é impossível de acontecer porque ela disse pra gente que mora em Madrid e de lá pra cá é um pulo.
Gui: Mas já faz tempo isso Juninho, ela já deve ter até se mudado.
Gil: E mesmo que fosse verdade, por que ela fugiria de você?
Júnior: Não sei! Isso foi o que mais me deixou confuso, mas era ela. - suspirei. - Sem sombras de dúvidas, era ela!
Bruna: Pronto, já paguei! Vamos? - disse voltando e segurando minha mão. 
Júnior: Vamos! - nos dividimos nos dois carros. A Bruna, Rafa e o Jota vieram comigo e o restante foi no outro. Fui o caminho todo até em casa em silêncio e os três ficaram conversando, mas nem prestei atenção no assunto porque eu estava perdidos nos meus próprios pensamentos. Quando chegamos, estacionei na garagem, entramos e encontramos minha mãe na sala junto com a Marcela, a cozinheira daqui de casa.
Nadine: Oi queridos! Já chegaram?!
Rafa: Já! O Júnior queria vir pra casa. - sentou ao lado da mãe no sofá. 
Nadine: O que houve meu filho?
Júnior: Nada! Só estou cansado. - falei cabisbaixo e ela logo notou que aconteceu algo mais.
Nadine: Vai deitar um pouco.
Bruna: É, Amor. Eu também vou subir, Vamos?
Júnior: Vai indo, Bruna! Só vou tomar uma água rápido.
Mah: Não quer comer alguma coisa antes Juninho?
Júnior: Obrigado Mah, mas estou sem fome.
Bruna: Estou subindo! Não demora. - pegou sua bolsa e subiu. 
Júnior: Já levou o Davi na casa da Carol? - perguntei para a minha mãe. 
Nadine: Seu pai levou. - respondeu e os meninos entraram na sala.
Júnior: Vou lá tomar água! - fiz sinal para eles me seguirem e fui para a cozinha. - Só me dizem que existe sérias possibilidades de ter sido ela. - falei indo até a geladeira e enchendo um copo de água. 
Gil: Ter tem, mas também tem possibilidades de não ser. - encostou no balcão. 
Gui: Não crie muitas expectativas, segue o meu conselho.
Jota: Você viu mais alguma coisa enquanto seguia ela?
Júnior: Nã... Quer dizer, eu vi ela puxando uma garota junto com ela.
Gil: Se for ela mesmo deveria ser a Sarah essa outra garota.
Júnior: Nossa, agora que você falou, como eu não pensei nisso. Parecia mesmo com a Sarah. - falei um pouco surpreso.
Gustavo: Se for mesmo a Júlia, o que você vai fazer?
João: Verdade! O que você vai fazer, Major?
Júnior: Ainda não sei! Preciso pensar. Mas de uma coisa eu sei: Eu vou encontrar ela e descobrir por que ela fugiu e o motivo de ter sumido do nada depois daquelas férias. - bebi o restante da água, coloquei o copo na pia, saí da cozinha e subi para o quarto.


Neymar Jr Off


Felipe: O que aconteceu? Por que ela está chorando? - disse levantando do sofá assustado e vindo encontrar comigo e a Sarah na porta da entrada. 
Sarah: Depois eu te conto. Pega um copo d'água pra ela, por favor. - me levou até o sofá, depois de fechar a porta, me abraçando de lado e sentou ao meu lado segurando a minha mão. E eu continuava histérica, chorando e soluçando, do mesmo jeito que vim o caminho todo do restaurante até aqui. - Júlia, pelo amor de Deus, se acalma. Estou ficando muito preocupada.
Júlia: E-eu não consigo! E-ele está aqui Sarah. Ele me v-viu. - falei entre um soluço e outro.
Felipe: Toma! Bebe aqui, cunhadinha. - sentou do meu outro lado com a água, me estendeu o copo e eu peguei e tomei um gole.
Sarah: Bebe mais, respire fundo e se acalme. - fiz o que ela pediu e os soluços diminuíram, mas as lágrimas não paravam de cair. - Agora me conta direito. Onde você viu ele?
Júlia: Ele estava lá no restaurante, em uma das mesas do fundo... - engoli em seco. - Eu o vi quando estava saindo do banheiro porque os ocupantes da mesa dele estava fazendo muito barulho e eu parei para olhar. Aí eu fiquei paralisada quando o vi e ele me olhou. Ele me olhou Sarah! Agora ele sabe que eu ainda moro aqui na Espanha e não vai demorar muito para descobrir da Malu. - só de pensar nessa hipótese meu desespero voltou ao máximo. 
Sarah: Maninha, fique calma. Ele não vai descobrir da Malu.
Felipe: É o pai da Maluzinha que ela viu? - perguntou para a Sarah enquanto eu continuava chorando.
Sarah: É! - apertou minha mão. 
Felipe: Mas ele não mora no Brasil?
Sarah: Pelo visto ele veio morar aqui...
Júlia: O que? - olhei em choque pra ela. - E-ele veio morar aqui na Espanha? C-como você sabe disso?
Sarah: Q-quer dizer, e-eu não sei. Ou ele veio morar aqui o-ou veio visitar. - disse gaguejando e nervosa. - Estou em choque por você ter visto ele.
Júlia: Eu também! Não posso acreditar que isso realmente aconteceu. - funguei e passei as mãos no rosto. - Por que ele tinha que ter ido justo no mesmo lugar que a gente?!
Felipe: Deve ter sido só coincidência.
Júlia: Uma péssima coincidência! - bufei tentando enxugar meu rosto com a mão, mas as lágrimas não paravam de cair. Droga! - Vou lá em cima arrumar minhas coisas, vou pra casa. - levantei.
Sarah: Você vai assim? Nervosa?
Júlia: Estou bem! Só quero chegar em casa logo, a Malu vai chegar daqui a pouco e eu preciso ver ela. - ela assentiu e eu subi direto para o quarto onde fiquei. Sentei na cama, apoiei os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos, e me perdi em pensamentos. Será que ele vai querer me procurar? Se ele fizer isso, ele vai acabar descobrindo da Malu e se isso acontecer e ele quero fazer alguma coisa contra mim? Eu não posso deixar isso acontecer, não vou suportar. Deus, por favor, faça ele esquecer de mim e não deixe ele me procurar. Por favor! Suspirei e resolvi arrumar minhas coisas logo porque eu não via a hora de ir pra casa e sair dessa cidade. Como um dia tão bom de repente vira o pior da minha vida?! Depois de guardar todas as minhas coisas, peguei minha malinha e desci. A Sarah e o Felipe continuaram no mesmo lugar. Quando entrei na sala eles pararam de conversar e o Fe parecia bravo, mas fez de tudo para não demostrar para mim. - Estou indo pessoal! Apesar de tudo, gostei de passar esse fim de semana aturando vocês. - tentei ri, mas meu plano faliu.
Sarah: Vai com cuidado maninha. Preferia que você ficasse aqui, mas como você não quer, me avisa quando chegar em casa. - me deu um abraço apertado. - Eu amo você! - sussurrou no meu ouvido e se distanciou.
Júlia: Aviso sim e também te amo. - sorri com os olhos marejados. - Tchau, cabeção! Se cuida e nos vemos em breve. - abracei o Fe.
Felipe: Fique bem cunhadinha. Não quer que eu te leve? - neguei com a cabeça e ele beijou minha testa. - Ok então. Vai com Deus e não esquece de avisar quando chegar.
Júlia: Tá bom! Está tudo bem com vocês dois? Estão estranhos. - olhei de um para o outro. Desde o momento em que cheguei notei o Felipe evitando olhar para a Sarah. Além disso, ele estava tenso e falhando mesmo em esconder a raiva. 
Sah&Fe: Está sim! - disseram juntos. 
Júlia: Tá então! - falei desconfiada, mas sem energia para levar isso adiante - Tchau, aviso vocês quando chegar. - eles assentiram, dei um beijo na bochecha dos dois, saí da casa, entrei no meu carro, coloquei o cinto e minha mala no banco do carona e dei partida. 
                                       (...)

 Resumidamente, o caminho até em casa foi um borrão. O tempo passou que eu nem notei, parecia que minha mente desligou e só voltou quando cheguei em casa. Já faz uns 30 minutos que cheguei e a primeira coisa que fiz fui subir para o meu quarto, tomar banho, vesti um moletom e me jogar na cama. O tempo já está escurecendo e aqui em Madrid está frio e com previsão de chuva para mais tarde. 
Júlia: Merda! - falei quando meu celular começou a tocar e vi que era a Sarah. Esqueci de avisar a ela e o Fe quando cheguei. Atendi. - Oi!
Sarah: Aí, graças a Deus você está bem! Por que não avisou quando chegou, filha da mãe? Fiquei aqui morrendo de preocupação sem notícias suas.
Júlia: Desculpa Sah! Cheguei tão aéria que acabei esquecendo. Mas estou bem.
Sarah: Tá bom! Só vou relevar essa porque te entendo. - suspirou.
Júlia: Obrigada! Avisa ao Fe que cheguei bem, por favor.
Sarah: É- é, ele não está aqui. Foi para o apartamento dele. Acho melhor você mandar mensagem avisando. - disse murmurando e eu senti que aconteceu alguma coisa entre eles.
Júlia: O que aconteceu?
Sarah: Ah, não foi nada. Só uma briguinha atoa.
Júlia: Dessa vez foi séria então, porque ele não é de ir para o apartamento dele quando vocês brigam. - falei preocupada.
Sarah: Daqui à pouco voltamos ao normal, não precisa se preocupar. - suspirou e eu escutei a porta de casa sendo aberta e vozes lá embaixo. Minha mãe, meu pai e a Malu chegaram.
Júlia: Tá bom então! A mãe e o pai chegaram, vou desligar. Resolvam essa briga de vocês logo hein. Beijo!
Sarah: Pode deixar, beijo. - desligamos.
Digitei uma mensagem para o Fe dizendo que cheguei bem e pedindo desculpas por demorar a avisa-lo e quando terminei de enviar minha mãe entrou no meu quarto junto com a Malu.
Malu: Mamãe! - sorriu e correu até a minha cama.
Júlia: Oi meu amor! - peguei ela do chão e a abracei forte. Isso era o que eu mais precisava nesse momento. Ter minha filha nos meus braços e lembrar que ela é minha. - Que Saldades que eu estava de ti, princesa.
Malu: Eu tabem tava! Muita, do tamanho do univeso. - riu e eu dei meu primeiro sorriso depois do acontecido mais cedo.
Júlia: Você gostou de viajar com os seus avós?
Malu: Xim! Foi muito divetido e legal.
Júlia: Que bom, meu amor. - olhei para a minha mãe que ainda estava parada na porta olhando pra gente sorrindo, mas com um semblante triste. Ela já sabe o que aconteceu. - Oi, mãe!
Marcela: Oi, minha filha! A Sarah me ligou agora pouco e contou o que aconteceu. - veio sentar na beirada da minha cama e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. - Está tudo bem?
Júlia: Óbvio que não! Estou em choque até agora. - suspirei. 
Marcela: Imagino!
Júlia: Cadê o papai?
Marcela: Ficou lá embaixo.
Júlia: Ele também já sabe? - ela assentiu.
Malu: Mamãe, a gente podi vê o filmi da babie?
Júlia: Claro que podemos, princesa. Vou até fazer pipoca pra gente comer enquanto assistimos.
Malu: Oba! - sorriu e bateu palmas. 
Marcela: Ela já tomou banho, só colocar o pijama agora. Enquanto você troca e ajeita tudo aqui vou lá em baixo fazer a pipoca para vocês. - levantou da cama. - Vamos conversar depois.
Júlia: Ta bom! Obrigado mãezinha. - ela sorriu para mim e saiu do quarto. - Vamos colocar o pijama, pequenina. - levantei com ela no colo, saí do meu quarto e entrei no dela. Fui direto para o closet, coloquei a Malu no chão e abri a parte do seu quarda roupa onde fica seus pijamas. 
Malu: Mamãe, eu podi escolhe?
Júlia: Pode amor. - fui pegando alguns pijamas e mostrando a ela. - Tem esse dos bichinhos, esse da Branca de Neve, da minnie...
Malu: Eu quelo esse da Mini. - apontou. Guardei os outros de volta, a ajudei a se despir e depois a colocar o pijama. - Agora eu vou deixar você lá no meu quarto e vou descer pra pegar a pipoca que a vovó fez, está bem?
Malu: Tá! - voltamos pra lá, coloquei ela sentada no meio da minha cama, liguei a televisão, procurei o tal filme da Barbie e coloquei. - Já volto! - Ela assentiu sem me dá atenção. Ri, saí do quarto e desci indo direto para a cozinha. 
Marcela: Já ia subir para levar pra vocês. - me entregou a tigela com a pipoca dentro.
Júlia: Valeu mãezinha! Já vou aproveitar e levar suco para a Malu, porque sei que ela vai pedir. - ela riu. Peguei o copo da Malu, fui na geladeira e coloquei o suco.
Dennis: Que bom que está aqui em baixo. Ia subir lá para falar com você. - disse entrando na cozinha e veio me dar um beijo na testa.
Júlia: Eai, papis soberano. - sorri.
Dennis: Tá bem? - assenti e perdi o sorriso quando lembrei o motivo que o fez perguntar isso.
Júlia: Estou tentando ficar calma. Quero acreditar que isso é uma péssima piada do destino, que não vai acontecer de novo e tudo continuará como está nesse tempo todo. - suspirei.
Dennis: Depois que a princesa dormir desce aqui de novo pra gente conversar sobre isso. - disse aparentando estar nervoso e quando olhei para a minha mãe, que estava nos observando de um canto, ela parecia estar do mesmo jeito. O que será que aconteceu?
Júlia: Tá bom! - respondi preocupada e curiosa. - Vou ir lá. - eles assentiram, peguei o suco da Malu e a pipoca, e subi.
Malu: Demolou mamãe. - falou quando entrei, cruzou os braçinhos e fez bico.
Júlia: Desculpa, meu amor. - sorri e subi na cama.
                                    (...)

 Quando o filme terminou a Malu já tinha dormido e decidi não acorda-lá para jantar, pois ela tinha passado uma grande parte do filme grudada no meu peito mamando e antes disso tinha esvaziado o copo de suco e comido pipoca. 
 Depois de desligar a televisão, colocar vários travesseiros em volta da Malu e de ajeitar a coberta em cima dela, saí do quarto e desci para falar com o meu pai porque não aguentava mais ficar curiosa sobre o que ele queria falar. Tive a impressão de que boa coisa não vai ser.
 Encontrei ele no seu escritório e minha mãe estava junto.
Dennis: Estávamos te esperando. - disse sentado na sua mesa e olhou para a minha mãe. 
Júlia: Pode falar, o que foi?
Marcela: Senta aqui filha. - apontou para a cadeira na frente da mesa do meu pai.
Júlia: Não me diga que vocês vão se separar? - fiz cara de surpresa e fui sentar na cadeira. - Por que vocês vão fazer isso? Depois desses anos...
Dennis: Não estamos nos separando Júlia. - disse me interrompendo.
Júlia: Graças a Deus! - suspirei aliviada. - Então o que é?
Dennis: Bom... - suspirou passando as mãos pelos cabelos. 
Júlia: Fala logo, estou ficando preocupada.
Marcela: Eu sei minha filha, mas tenta ficar calma e deixar a gente explicar. - segurou minha mão. 
Júlia: Explicar o quê?
Dennis: Eu e sua mãe sabíamos que o pai da Malu estava em Barcelona.
Júlia: O-oque? - soltei a mão da minha mãe e levantei em estado de choque.
Marcela: Júlia...
Júlia: C-como vocês sabiam? Não estou entendendo. - balancei a cabeça olhando para eles. 
Dennis: Ele foi o jogador que precisei ir para Barcelona fazer a contratação.
Júlia: Eu sábia que tinha acontecido algo nessa viagem. Foi a parti dela que vocês começaram a brigar e agir estranho. - Como eu sou burra! Porque eu não saquei isso, estava na minha cara. - Espera. - olhei para eles. - Isso quer dizer que agora ele mora em Barcelona? A poucas distância da Malu? - eles assentiram. Meu dia acabou de piorar de vez. - Por que vocês não me contaram isso quando descobriram? E se eu decidi-se levar a Malu pra lá e por um acaso nos encontramos com ele? Vocês tem noção do quão ruim iria ser? - respirei fundo porque já estava ficando exaltada e a vontade de chorar só crescia.
Dennis: Nós sabíamos Júlia. Não iríamos deixar você levar ela pra lá sem contar para você. E decidimos não contar para você porque não queríamos que você ficasse preocupada. - ri com sarcasmo.
Júlia: E como vocês acham que eu estou agora? Vocês pioraram tudo! - falei a última parte com um tom mais forte e comecei a andar de um lado para o outro.
Marcela: Júlia! Fica calma...
Júlia: Não me pede calma mãe. Como você me pede isso depois do que fizeram? Como vou ficar calma depois de saber que um dos meus pesadelos podem estar finalmente acontecendo? Você, mais do que ninguém, deveria saber que a minha reação não seria uma das melhores e o quanto eu ficaria desapontada e revoltada com o que vocês fizeram. - ela abaixou a cabeça. 
Dennis: Não fala assim com a sua mãe. Nós imaginamos que você não iria reagir bem e ela tentou me convencer a te contar antes. Mas depois tivemos a conclusão de que era melhor você não saber por enquanto, para seu próprio bem e da Malu, porque a gente sábia o quanto você tinha medo e ficava preocupada desse momento acontecer. Até a Sarah concordou que era melhor você não saber...
Júlia: Ela sábia? - parei de andar - É claro que ela sábia! Não era atoa os comportamentos estranhos dela. Que filh...
Dennis: Espero que você não termine de falar isso ou vou ficar muito zangado. - me interrompeu sério. - Tenta entender que nós todos só fizemos isso porque te amamos e só queremos o seu bem e da Maria Luíza.
Júlia: Você está me pedindo algo impossível. Nunca vou entender o que vocês fizeram. - neguei com a cabeça e uma primeira lágrima, que eu estava lutando para prender, escorreu. - Estou extremamente magoada com vocês. - saí o mais rápido possível de lá, mas ainda deu para escutar meu pai me chamando e os soluços da minha mãe. Subi correndo para o andar de cima, entrei no meu quarto e olhei para a Malu dormindo igual um anjinho. Graças a Deus você não sabe e não entende o caos que está acontecendo, minha filha. Imagino que ficaria feliz em saber que seu pai está mais perto do que nunca de você. Mesmo não demostrando sentir falta dele, sei que no fundo você sente. Se tivesse noção do que está acontecendo, iria pedir para vê-lo. E, mesmo que não pareça, eu também gostaria que vocês se conhecessem. Mesmo depois da conversa que eu e o Júnior, até então seu futuro pai, tivemos enquanto estávamos na sacada da varanda do quarto dele naquelas férias que você foi criada por descuido nosso.


FlashBack On

Neymar: Cadê a Sarinha? Não vi ela quanto fui no seu quarto. - disse e beijou meu pescoço, já que estava me abraçando por trás. Hoje era o nosso último dia aqui. Aliás, faltava poucas horas para eu a Sarah ir embora. Então, era nossas últimas horas juntos. Ele foi no quarto meu e da Sarah, onde eu estava arrumando minha mala, me chamar para ver o por do sol com ele. Por isso, estamos aqui na sacada da varanda do seu quarto assistindo o sol sumir no horizonte do mar. Não tinha jeito melhor de se despedir dele. 
Júlia: A onde mais ela estaria? Qual foi o lugar que ela mais ficou nessas férias depois de conhecer o seu bonde?
Neymar: No quarto do cebola. - rimos. - Nessas horas eu tenho pena do Jota que dividi o quarto com ele.
Júlia: O Jotinha também deu mole. - ri. - Tinha que corta o barato deles e não deixar eles tomarem conta do quarto igual eu fiz no meu.
Neymar: Você é covarde também hein. - riu com o queixo apoiado no meu ombro. - Empata foda!
Júlia: Empata foda nada! - ri. - Só reivindiquei o que também é meu. O Jota deveria fazer o mesmo, mas em vez disso saí do quarto para eles ficarem. - revirei os olhos.
Neymar: Ainda bem que peguei um quarto só pra mim.
Júlia: Ainda bem mesmo. - rimos. Virei de frente para ele, envolvi meus braços em seu pescoço e lhe deu um selinho que ele fez questão de prolongar. - A diferença entre eles e nós é que não ficamos trancados no quarto tanto tempo igual eles. - rimos.
Neymar: Verdade! Pelo menos a gente desce pra ficar com os mulekes. Eles raramente fazem isso. - riu. - Se duvidar fizeram até um filho.
Júlia: Nossa! - rimos. - A Sarah sabe se cuidar.
Neymar: Ainda bem, porque o Gil não liga muito pra isso não.  Com crianças não dá. - riu.
Júlia: Você não gosta de crianças? - olhei para ele.
Neymar: Não é que eu não gosto. Eu até gosto, mas só de pensar em ter um filho agora já bate o desespero. E convenhamos que só iria atrapalhar minha carreira. Quem quer jogar futebol tem que ser focado no objetivo. - assenti. 
Júlia: É, um filho torna as coisas mais complicadas mesmo. - ri.
Neymar: Deixando esse assunto de lado, que se Deus quiser não irá acontecer tão cedo. Ainda dá tempo de fazer rapidinho o que a sua irmã e o Gil fazem direto? - gargalhou.
Júlia: Júnior! - bati no seu braço rindo e ele me beijou. Nem preciso dizer que ele conseguiu o que queria né.


FlashBack Off


  E Deus quis que acontece-se cedo!
Esse foi um dos motivos que me fez não contar da Malu para ele. Mas apesar disso, pelo tempo que convivi com ele, sei que ele era uma pessoa brilhante, super do bem e que iria arrumar um jeito de lidar da melhor forma com uma situação como essa. 
  Porém , infelizmente, não é tão fácil assim. Existe um grande motivo para o porque da minha decisão de não permiti que ele a conheça. Respirei fundo para ficar mais calma e diminuir os soluços, porque estava com medo de acordar a Malu. Deitei ao seu lado, beijei sua testa e fiquei passando a mão em seus cabelos enquanto me perdia em pensamentos. 


Segunda, Outubro de 2014


Ganhei como consequência por só ter conseguido dormir de madrugada, o cansaço no dia seguinte juntamente com uma dor de cabeça insuportável que não passava por nada. E pra piorar a situação, como não posso faltar, tive que ir para o hospital. Mas por um lado eu achei até bom, porque aí eu não precisaria olhar para a cara dos meus pais. Eles até tentaram falar comigo, mas não quis ouvir. Só me despedi da Malu e da Rosinha e saí de casa. Deixei até pra tomar café na cantina do hospital, onde eu estava sozinha até a Jéssica se aproximar da minha mesa. 
Jéssica: Ei, chegou cedo hoje. Que milagre é esse? - riu e sentou na cadeira de frente pra mim.
Júlia: Oi! - murmurei cabisbaixa. - Nem reparei que cheguei cedo.
Jéssica: O que houve?
Júlia: Nada! Por que? - menti mesmo sabendo que ela iria dar um jeito de saber a verdade.
Jéssica: Você está estranha, triste...
Júlia: Estou bem! Só estou com sono.
Jéssica: Isso eu percebi, mas tem alguma coisa além disso. Me diz, anda.
Júlia: Aí Jes! - suspirei.
Jéssica: É alguma coisa com a Malu?
Júlia: Não diretamente. - resolvi contar, já que não conseguiria sair sem contar a ela. - Você lembra da história do pai da Malu que te contei a algum tempo?
Jéssica: Lembro. Não me diga que ele apareceu? - assenti. - Caralho! Quando?
Júlia: Ontem, quando eu estava em Barcelona... - contei como aconteceu.
Jéssica: Nossa, imagino como você ficou... - disse espantada.
Júlia: E se não bastasse só isso, quando eu pensei que não poderia piorar, descobri que ele foi contratado pelo Barcelona e agora está morando a poucas distância de mim e da Malu, e meus pais e minha irmã estavam escondendo isso esse tempo todo de mim. - passei as mãos no rosto.
Jéssica: Meu Deus amiga, que situação. - suspirou. - Então, quer dizer que eles sabiam desde o começo que o pai da Malu tinha vindo morar em Barcelona?
Júlia: Sim. Meu pai que resolveu a contratação dele. Estou muito indguinada com o que eles fizeram comigo.
Jéssica: Mas eles não explicaram porque esconderam isso?
Júlia: Disseram que era para o meu bem e o da Malu, que fizeram isso porque nos ama e blá blá blá... - revirei os olhos.
Jéssica: Júlia, eles podem estar falando a verdade. Por esse tempo todo que eu conheço vocês, sei que eles fazem de tudo para protege você e a Maluzinha.
Júlia: Ah não, Jéssica! Vai defender eles agora?
Jéssica: Não estou defendendo. Só estou falando uma coisa que sei que é verdadeira. Quando você esfriar a cabeça e pensar com calma vai entender eles.
Júlia: Cansei de falar sobre isso. Vou arrumar minha sala para receber o primeiro paciente. - levantei.
Jéssica: Tá bom! Fica bem tá? Assim como os seus pais, também quero o seu bem. - assenti já com os olhos marejados e fui para a minha sala antes que a torneira se abra.

                                      (...)

 Esse dia, com toda a certeza, foi um dos mais horríveis da minha vida. Passei o dia todo aérea, com uma dor de cabeça persistente e por causa disso não consegui me concentrar no trabalho. Dei graças a Deus quando meu expediente terminou e finalmente pude vir para casa. Para o meu alívio meus pais ainda estavam no trabalho, só a Rosa e a Maria estavam. 
Rosa: Júlinha, não quer comer alguma coisa? - perguntou vindo da cozinha.
Júlia: Só faz um sanduíche com suco, por favor Rosa. Não estou com muita fome. - falei olhando para ela do sofá onde eu estava deitada junto com a Malu assistindo desenho desde que cheguei do trabalho.
Malu: Eu tabem quelo duiche.
Júlia: Você já comeu espertinha. - a Rosinha riu e eu fiz cosquinha na Malu que começou a gargalha.
Malu: Não mamãe! Coquinha não. - disse rindo e eu parei de fazer.
Rosa: Vou trazer iorgute na mamadeira pra você, tá bom Malu?
Malu: Tá! Mas eu quelo no meu copinho da babie.
Júlia: Ainda quer escolher, folgada. - ri junto com a tia Rosa.
Rosa: Essa não tem como negar que é sua filha.
Júlia: Magoou Rosinha! - coloquei a mão no peito e ela riu e voltou para a cozinha.
Malu: Olha mamãe, vai começa Macha e o Uso. - sorriu apontando para a tv. 
Júlia: Que legal meu amor. - sorri também e aproveitei que ela estava concentrada no desenho e fui postar uma foto que tinha tirado agora à pouco.



SanchezJú: Nos tempos de escuridão, tu és a minha luz. ♡ @SanchezMalu

perfectjú: A relação de vcs é uma das mais lindas que já vi
anjomalu: Que Deus sempre abençoe vcs
iphonedajú: Será que aconteceu alguma coisa para ela usar essa legenda?!
carla_torres: Quando eu ter filho quero ser igual você.
familysanchez: Que legenda mais linda.
sanchezsarah: Amo vocês, independente de qualquer coisa.
fãsdajúlia: Por esse comentário da irmã dela deve ter acontecido algo sim. @IphonedaJú

Ignorei esse comentário da Sarah e continuei lendo os outros até a Rosa entrar na sala trazendo meu lanche e o iorgute da Malu.
Rosa: Aqui, meus amores. - me entregou o sanduíche junto com o copo de suco e entregou o copo com iorgute para a Malu que começou a tomar sem tirar a atenção da tv. 
Júlia: Obrigada Rosinha. - mordi um pedaço do sanduíche. 
Rosa: De nada filha. A Sarah ligou hoje perguntando por você. - disse excitante. 
Júlia: Humm. Ela ligou para o meu celular também, mas não atendi. - falei sem da muita importância e continuei a comer meu lanche que estava muito mais interessante.
Rosa: Posso dar um conselho, Júlinha?
Júlia: Claro. - olhei pra ela.
Rosa: Não sei direito o que está acontecendo, mas independente do que seja perdoe a sua mãe, seu pai e a sua irmã. Lembre que eles foram uns dos poucos que te apoiou quando você precisou e que eles não fariam nada para o seu mal e nem para o da Malu. Eu posso dizer isso porque me sinto como se fosse da família por causa desse tempo todo que trabalho para vocês.
Júlia: Você é Rosinha. - sorri emocionada.
Rosa: Então, por favor, pensa em tudo que eles fizeram por você e perdoe eles, tá bom? - assenti. - Vou voltar para a minha cozinha porque a janta me espera. - rimos e ela saiu. 
 Fiquei pensando em todas às coisas que a Jés e a Rosinha disseram para mim enquanto comia e cheguei a conclusão de que elas realmente estão certas. Não tem como discordar disso porque é incontável os momentos em que minha mãe, meu pai e a Sarah me apoiaram e ficaram do meu lado. E um exemplo disso é exatamente a Malu. Mesmo não concordando muito com a minha decisão, ficaram do meu lado e nunca se arrependeram disso. É claro que ainda contínuo achando que eles agiram errado em esconder essa coisa sobre o Júnior de mim, mas pensando bem sei que não estavam mentindo quando disseram que era para me proteger. Terminei de comer meu lanche ainda perdida em pensamentos, a Malu também já tinha terminado o iorgute e continuava focada no desenho. Não sei quanto tempo depois a porta de entrada se abriu e entrou minha mãe e logo em seguida meu pai. A Malu, assim que viu eles entrando, desceu rapidamente do sofá. 
Malu: Vovô! Vovó! - correu até eles e meu pai pegou ela no colo e jogou pra cima fazendo a rir.
Dennis: Pequena do vô!
Marcela: Oi meu amor. - deu um beijo na bochecha dela. - Está aprontando muita bagunça?
Malu: Não to não. A mamãe e eu estamo vendo Macha e o Uso. - eles olharam para mim e eu continuava no sofá.
Dennis: Vai lá voltar a assistir princesa. - colocou ela no chão e a mesma voltou para o sofá perto de mim. 
Marcela: Oi, filha! - disse meio excitante e com o semblante preocupado.
Júlia: Oi! - murmurei e sorri amarelo.
Dennis: Você está bem? - assenti.
Júlia: Quero conversar com vocês.
Marcela: Claro, meu amor.
Dennis: Vamos para o meu escritório.
Júlia: Tá! Vão indo. Vou pedi a Rosa para ficar de olho na Malu. - eles assentiram e eu fui para a cozinha. - Rosa, vou conversar com a mamãe e o papai no escritório dele. Fica de olho na Malu lá na sala pra mim por favor.
Rosa: Deixa comigo. Fico sim. - sorriu para mim e eu saí. Avisei a Malu que já estava voltando, que era para continuar vendo o desenho e fui para o escritório.
Júlia: Então... - respirei fundo, cruzei os braços e eles ficaram me olhando. - Eu queria pedir desculpas à vocês pelo modo como reagi. Depois que pensei bem, sei que vocês não iria fazer nada de propósito para me machucar e muito menos a Malu.
Marcela: Não iríamos fazer isso minha filha. Tudo que a gente faz é para o bem de vocês. - sorriu com os olhos marejados e meu pai concordou com ela.
Júlia: Eu Sei! Mas, apesar de tudo isso, quero deixar claro que não entendo o que vocês fizeram e que eu ainda acho errado. - meu pai demostrou um semblante de culpa. - Seria muito melhor se vocês me dissessem logo quando descobriram. Iria evitar que isso tudo acontece-se.
Dennis: Adimito que agimos errado minha filha. Aliás, eu agi errado. Quem meteu sua mãe e sua irmã nisso foi eu. Queria te pedi desculpas por isso. Eu só pensei que estaria te protegendo, que iria te poupar uma preocupação.
Júlia: Mas o senhor se esqueceu que não seria difícil de eu ficar sabendo. Afinal, várias vezes vou pra Barcelona e não é difícil ouvir notícias sobre o time. Então, eu iria ficar sabendo de um jeito ou de outro. - suspirei.
Dennis: Eu iria te contar, só não estava achando o momento certo. Me desculpa por isso, querida. - abaixou a cabeça. 
Júlia: Eu sei que iria pai. Acredito em você. Por isso, desculpo vocês. Até porque não sou nada sem vocês. - ri emocionada e nos abraçamos os três juntos.
Marcela: Graças a Deus está tudo de volta ao normal. Já estava angustiada com essa situação toda. - limpou uma lágrima que escorreu em seu rosto e sorriu.
Dennis: Amo vocês, mulheres da minha vida. Só faltou a Sarah aqui.
Júlia: Vou ligar pra ela depois. Estou ignorando as ligações dela o dia todo. - ri.
Marcela: Tadinha. Deve está em uma tristeza só. Ainda mais que o Felipe e ela brigaram por causa dessa situação todo.
Júlia: Foi por isso que eles brigaram?
Marcela: Foi! O Felipe não sabia e quando ela contou, no dia que você encontrou com o pai da Malu lá, ele não gostou e voltou para o apartamento dele.
Júlia: Nossa! Vou ligar pra ele depois também. - ela assentiu. - Bem, não queria falar sobre isso, mas não estou aguentando.
Dennis: Sobre esse Neymar? - assenti apreensiva.
Júlia: Você acha que irá me procurar? - murmurei. 
Dennis: Eu não sei, minha filha. - suspirou e passou a mão nos cabelos. - Mas não podemos descartar essa ipotese. E se isso acontecer, nós vamos ter que estar preparados para qualquer situação. E você principalmente.
Júlia: Se ele me encontrar, não vai demorar muito pra saber da Malu. Eu acho que não conseguiria falar com ele e não contar sobre ela.
Dennis: Por isso mesmo temos que estar preparados. Afinal, não sabemos do que aquele outro homem é capaz.
Júlia: Só de pensar que grande parte do porque isso tudo está acontecendo é por causa dele já me sobe uma raiva.
Marcela: Esse homem é ambição em pessoa. Nunca vi uma pessoa igual ele.
Dennis: Deixa o tempo passar, gente assim não vai à frente. Mas, voltando ao assunto, vamos ficar preparados para todas possibilidade que pode acontecer, tá bom? - assentimos. - Espero que esse Neymar seja o mesmo que você conheceu no passado, minha filha. - disse olhando para mim. Também espero!
Marcela: Chega desses assuntos, vamos nos preparar para o jantar. Vou ajudar a Rosa na cozinha.
Júlia: E eu vou subir pra tomar banho e dar banho na pequena também. - saímos do escritório e fomos indo para a sala.
Dennis: Eu vou subir para tomar o meu também e da uma olhadinha no andamento do meu novo caso.
Marcela: Espero que não perca a hora do jantar por causa dessa porcaria. - bufou e eu ri.
Dennis: Porcaria não, mulher. Trabalho que sustenta essa casa e suas regalias.
Marcela: Quem ouve até pensa que preciso desse seu dinheiro para sobreviver. - rimos. 
Júlia: Maria, vamos tomar banho. - falei quando chegamos na sala.
Malu: Mas mamãe, eu to veno desenho.
Júlia: Está na hora do seu banho, depois você assiste mais.
Marcela: Vai tomar banho, amor. - beijou a cabeça dela e foi para a cozinha.
Malu: Mas...
Júlia: Sem "Mas" Maria Luíza. Vem! - ela fez bico e desceu do sofá. 
Dennis: Que biquinho é esse, princesa do vô?! Depois do banho você volta a assisti.
Malu: Vovô, eu quelia ve agola.
Júlia: Querer não é poder, filha. - fez cara de choro. - Vai chorar? Então, nem depois você vai voltar a ver.
Dennis: Não chora pequena. Depois o vovô vai até assisti com você, mas só se não chorar. Tá bom? - ela assentiu e prendeu o choro na hora. Sem vergonha essa menina haha. 
Júlia: Vamos! - peguei ela no colo, subimos as escadas junto com o meu pai e quando chegamos lá em cima ele foi para o quarto dele e eu para o da Malu.
 Depois de fazer o mesmo ritual de sempre do banho da Malu, de colocar a fralda e á vesti, deixei ela lá embaixo com a minha mãe e fui para o meu quarto para tomar o meu. 
 Quando terminei, percebi que ainda tinha um pouco de tempo até a hora do jantar e decidi ligar logo para a Sarah. A mesma atendeu logo no primeiro toque. 
Sarah: Oi, Júlia! Me desculpa por favor, eu juro que estava me sentindo mal e queria contar pra você. Mas eu pensei que se conta-se você iria...
Júlia: Calma, irmãzinha. Já sei o que você pensou e desculpo você. - a interrompi e ela suspirou aliviada. - Mesmo achando que você, principalmente, deveria ter me contado desde o começo. Porque tu estava comigo quando tudo isso começou.
Sarah: Eu sei. Desculpa mesmo Júlia. Juro que a parti de agora não vou esconder nada de você.
Júlia: Acho bom mesmo, porque na próxima não vou perdoar. - ri e ela acabou rindo também. - Mudando de assunto, o que aconteceu com você e o Fe?
Sarah: Brigamos por causa dessa história toda. No dia que você estava aqui... - ela me contou que disse para o Felipe sobre o Júnior quando eu subi para arrumar minhas coisas para vir embora e ele não gostou que ela estava mentindo pra mim. Aí eles discutiram e o resultado foi ele voltando para o apartamento dele e não estão se falando desde então. 
Júlia: Vou falar com ele. - falei quando ela terminou de me contar.
Sarah: Não, Júlia! Não precisa, daqui à pouco a gente se resolve. Ele está certo mesmo. - suspirou.
Júlia: Eu sei, mas quero falar com ele. Não vou falar nada demais.
Sarah: Tá, você que sabe.
Júlia: E também isso está acontecendo por causa de mim.
Sarah: Não é não! É por causa de mim, fui eu que tomei a decisão de esconder essa história de você. Mesmo sabendo que era errado. Agora estou sofrendo as consequências.
Júlia: Certo! Mesmo assim vou falar com ele. - ela concordou relutante, conversamos mais um pouco e depois de um tempo desligamos. Liguei para o Fe logo em seguida: 
Felipe: Oi, cunhadinha.
Júlia: Fico feliz por saber que ainda sou sua cunhadinha. - ri.
Felipe: Por enquanto ainda é. Depois do que sua irmã fez contigo me fez pensar bastante se vale à pena continuar com isso.
Júlia: Liguei pra falar sobre isso mesmo.
Felipe: Já imaginava que ela iria pedir pra você ligar.
Júlia: Não foi ela que pediu. Pelo contrário, ela nem queria que eu liga-se. Sabe por que?
Felipe: Hummm?
Júlia: Porque ela tem noção de o que ela fez não foi certo e que você tem razão de agir assim.
Felipe: Ainda bem que ela sabe. Ela deu muita mancada contigo por esconder essa história de você. Tantas vezes você e eu perguntamos o que estava acontecendo e ela mentia po. Tive que aguentar as mudanças de comportamento dela e até eu, que não sei muito sobre essa história do pai da Maluzinha, sei que você não iria gostar do que ela fez.
Júlia: Quando descobri não gostei mesmo e ainda não gosto, mas também sei que ela e nem meus pais tiveram a intenção de me fazer mal Fe. Por isso desculpei eles e você deveria fazer o mesmo com ela.
Felipe: Eu sei que ela não teve a intenção de te machucar, conheço ela muito bem. Mas contínuo achando que ela agiu errado contigo. Eu me coloco em seu lugar e se fosse comigo eu também iria ficar chateado.
Júlia: É por isso que te amo cara. - ri. - Diz que me odeia, mas quando preciso fica do meu lado.
Felipe: Eu te odeio mesmo! Só estou te defendendo porque o seu lado é o certo. - rimos. - Já que você já perdoou ela e é você a vítima dessa história, vou conversar com ela. Mas primeiro vou dar um gelo pra ela sofrer um pouquinho.
Júlia: Você é crueu garoto. - rimos. 
Felipe: Mas aí, quem diria que o pai da Maluzinha é o Neymar, um dos melhores jogadores brasileiros atualmente e daqui uns tempos do mundo hein?!
Júlia: É, o tempo voa. A uns anos atrás era só um cara com o sonho de se tornar um grande jogador. - suspirei. 
Felipe: Pelo visto, ele conseguiu.
Júlia: É, conseguiu. - murmurei, mas no fundo sentia uma pontada de felicidade por ele. 
 Fiz o Fe prometer que iria falar com a Sarah, me despedi e desci para jantar. 



By Vic:


Ufa, que capítulo cheio de momentos dramáticos e emocionante foi esse?! Fiquei até aliviada quando consegui terminar. Bem, a vida da Júlia e da Malu está começando a mudar. Grandes revelações e descobertas.
Para aquelas que não aguentavam mais esperar pelo Neymar, ele enfim apareceu. O que acharam? Se puderem deixam suas opiniões e sugestões nos comentários. Vou adorar saber o que estão achando. Até o próximo!