(Recado no final.)
Domingo, Novembro de 2014
Jota: Chegamos, Dona Nadine! - disse indo até ela e beijando o seu rosto. O Gil e o João fizeram o mesmo.
Nadine: Oi, meus filhos. Já estava ficando preocupada com vocês. - sorriu.
Júnior: Tu fica preocupada atoa, meu amor. - sentei ao seu lado, passei meu braço pelo seu ombro e beijei sua testa.
Gil: Verdade hein, tia.
João: Esses dias fomos comprar pão, não levamos UM minuto na padaria e você disse q ficou preocupada. - rimos.
Nadine: Podem parar! Não tenho culpa se não dá pra confiar em nenhum de vocês. - riu.
Jota: Que isso, mãmusca! Eu, um cara super responsável, o melhor do grupo...
Gil: Que bicho mentiroso! - rimos.
Júnior: Cadê o cabeça? - perguntei a minha mãe.
Nadine: Tá no escritório, como sempre. - revirou os olhos. - E a Carol e o Davi? Ficaram em casa?
Gil: Ficaram! Deixamos eles no caminho...
Nadine: Ah sim. E como foi a viagem?
Júnior: Preciso conversar com você e o Cabeça sobre isso. - suspirei.
Nadine: O que foi? - me olhou com um ar confuso.
Júnior: Vamos lá no escritório do Cabeça e eu conto a vocês juntos. - ela assentiu e levantamos do sofá. O Gil deu uma batida no meu ombro quando passei por ele e os três ficaram na sala.
Neymar pai: Chegaram... - disse quando me viu entrando junto com a minha mãe, depois de ter batido da porta fechada do escritório. - Como foi lá na agência? Tudo direito?
Júnior: Foi tudo bem! Eai... - fui até ele e nos abraçamos. - Tá fazendo o que?
Neymar pai: Resolvendo algumas coisas da Nn.
Nadine: Diz logo, Juninho. Tô ficando preocupada já... - pediu sentando em uma das duas cadeiras em frente a mesa do Cabeça.
Neymar pai: Dizer o quê? - perguntou ficando confuso.
Nadine: Não sei! Ele chegou todo misterioso dizendo que precisa contar para nós dois algo que aconteceu lá em Madrid.
Neymar pai: Tô sentindo que não vou gostar disso... Conta logo isso, Júnior. - disse sério e eu suspirei sentando na outra cadeira do lado da minha mãe.
Júnior: Então... Eu descobri que sou pai... - fiz uma pausa me preparando para falar.
Nadine: É claro que é, menino. - disse rindo sem espera eu terminar de falar. - Pai do Davi. Isso a gente já sabe.
Neymar pai: Nadine... - disse chamando a atenção dela com uma expressão que sábia que eu não tinha terminado de falar.
Júnior: Eu sou pai de uma menina. - soltei direto.
Nadine: O-o que? C-como assim? - perguntou surpresa e colocando a mão no peito.
Júnior: E-eu encontrei com uma garota que eu conheci no final de 2010, a Júlia de Ibiza que eu já tinha falado com vocês, e descobrir que ela ficou grávida naquela época.
Nadine: E o bebê é seu?
Júnior: É, as contas bate e a Júlia me confirmou quando a confrontei.
Neymar pai: Não tem como saber com certeza só com isso... - disse depois de ter ficado quieto só ouvindo a conversa. - Temos que pedir um exame de DNA.
Júnior: Não é necessário, Cabeça! Eu tenho certeza que a menina é minha, eu senti isso. - sorri um pouco.
Neymar pai: Júninho, você tem que entender que é uma pessoa pública e por isso não pode entrar em algo desse tipo sem ter a absoluta certeza que é realmente seu. Imagina se você assume, torna público e depois de um tempo descobre que você não era o pai?! - levantou da cadeira passando a mão pela cabeça. - Irá trazer uma polêmica, que poderia ter sido evitada se fizesse o exame de DNA, para nossa família.
Júnior: Tudo bem! - suspirei contrariado. Sei que ele não me daria descanso se eu não concordasse. - Vou fazer o exame.
Neymar pai: Melhor assim... - suspirou também. - Agora conta como aconteceu isso.
Júnior: Então... - contei para eles sobre meu primeiro encontro com a Júlia e a Malu quando fui buscar o Davi no parque e sobre a conversa com os moleques e a Carol que foi como eu comecei a desconfiar que eu poderia ser o pai.
Nadine: E depois disso o que você fez?
Júnior: Eu liguei para a Júlia e a obriguei a me encontrar pessoalmente por que eu queria olhar para a cara dela quando ela me conta-se a verdade. - engoli em seco.
Neymar pai: E como foi? Ela foi mesmo? - perguntou sério com os braços cruzados parecendo tenso.
Júnior: Foi! Ela confirmou que a Malu era mesmo minha filha e me escondeu isso por todo esse tempo.
Nadine: Meu Deus, por que ela fez isso?
Neymar pai: Ela te contou? - me olhou com um ar de curiosidade e ansiedade.
Júnior: Sim! Disse que não me contou por causa de você, Cabeça.
Nadine: C-como assim? - disse confusa.
Neymar pai: De mim?!
Júnior: Sim... - confirmei. - Ela disse que quando descobriu que estava grávida me ligou, mas foi você que atendeu. Disse que o pai dela te contou e você não acreditou que o bebê era meu. Disse que tu ameaçou tirar a criança dela se fosse realmente meu e também ameaçou tornar um inferno a vida dela.
Nadine: Jesus... - exclamou incrédula. - Que história louca é essa?!
Neymar pai: Você acreditou, Júninho? - perguntou com um tom sério e tenso.
Júnior: Como assim, você ainda me pergunta isso?! Claro que não, pai. Tá louco?
Neymar pai: Uumm... - suspirou parecendo estar aliviado. - E-eu só pensei que tu poderia ter acreditado por que ainda tem sentimentos por ela... Como era naquela época.
Júnior: Claro que não, quer dizer, eu não sei se ainda tenho sentimentos por ela. Ainda mais depois de tudo isso. Mas é claro que eu não acredito nessa história! Eu conheço você a minha vida toda, você é meu pai, já ela eu conheci por alguns momentos e só. Não sei se ela mudou nesse tempo todo, mas essa atitude dela só prova que ouve uma mudança e não foi para melhor. - suspirei passando as mãos pelo rosto.
Neymar pai: Que bom que você pensa isso, meu filho. - deu um aperto no meu ombro.
Nadine: Por que essa menina iria inventar isso?
Júnior: Não sei, mãe.
Neymar pai: Deve ser para esconder o real motivo dela ter feito o que fez. - disse voltando a sentar na cadeira.
Nadine: É muita loucura... - ficou em silêncio parecendo estar tentando entender, assim como eu fiquei desde quando descobri tudo. - Quantos anos a menina tem, meu filho?
Júnior: Dois! Vai fazer três no começo do ano que vem.
Nadine: E o nome dela? Você a viu?
Júnior: Ela se chama Maria Luísa, Malu. Sim, eu vi ela... - sorri lembrando do momento. - É pequenininha, bonita e a coisa mais fofa, mãe.
Nadine: Aí meu Deus, tenho dois netinho agora. - disse incrédula e eu ri.
Júnior: Ela e o Davi se conheceram também e mesmo sem saber que são irmãos, a Carol disse que se deram muito bem.
Nadine: Não sabem, mas já deve sentir no coração. - sorriu.
Neymar pai: A criança já sabe que você é o pai dela?
Júnior: Não! Eu e a Júlia achamos melhor esperar um pouco para nos encontrar. Amanhã depois do jogo vou voltar para Madrid e na terça de manhã vamos se encontrar. Enquanto isso a Júlia tem tempo para conversar com ela.
Neymar pai: Júninho, tu sabe que a direção do Barcelona é muito rigorosa. Você tem treno na quarta feira de manhã e sabe que não pode se atrasar. Além disso, amanhã depois do jogo você vai estar cansado e precisa descansar para chegar bem no treno, não é atoa que eles dão um dia de folga depois do jogo.
Júnior: Eu sei, pai. Mas eu não posso esperar mais para conhecer a minha filha. Já passei três anos sem fazer parte da vida dela e agora que sei que tenho ela não quero perder mais. Você tem que entender meu lado...
Neymar pai: Ainda não temos certeza se é sua filha.
Júnior: Não importa, eu sei que ela é minha. Concordei com o teste para você saber, mas eu já sei que sou o pai dela.
Nadine: Deixa ele, Neymar. O Júnior sabe o que está fazendo e se ele sente isso é porque ela é mesmo filha dele.
Júnior: Obrigado, mãe! - beijei seu rosto. - Fica tranquilo que não vou fazer nada para irritar a direção do Barça. Na quarta de manhã já vou estar aqui descansado e mais aliviado por já ter conhecido minha filha.
Neymar pai: Tudo bem! - suspirou.
Nadine: Já está tarde e depois dessa conversa e desses acontecimentos de hoje precisamos de um bom sono. Vamos subir?
Neymar pai: Vai indo, preciso falar algo rápido com o Júninho. - disse levantando e beijando a testa dela.
Nadine: Tá! Não demorem... Boa noite, filho. Vai ficar tudo bem e espero conhecer minha netinha logo... - sorriu e me abraçou.
Júnior: Eu também, mãezinha. Boa noite! - ela saiu do escritório e o Cabeça olhou para mim.
Neymar pai: Já sabe o que vai fazer sobre essa história?
Júninho: Ainda não pensei nisso... - suspirei.
Neymar pai: Acho que devemos ir para a Justiça! - afirmou sério e firme.
Júnior: Não sei se é necessário, pai.
Neymar pai: Claro que é, Júninho. Essa Júlia te privou de conhecer a menina por três anos, algo que era um direito seu, sem motivos aparente já que essa história dela é claramente mentira. Se irmos para a Justiça com isso, juntando provas e testemunhas, temos grandes chances de ganhar a guarda da menina, se for comprovada a paternidade no DNA, lógico. O juíz mesmo irá pedir um exame.
Júnior: Eu não sei se quero fazer a Júlia passar por isso, Cabeça. Eu vi as duas e percebi que são muito apegadas uma na outra.
Neymar pai: Isso vai compensar o que ela fez com você, tá na hora de tu pensar no que perdeu por causa dela. Caso a gente ganhe a causa, você terá muito tempo para conhecer a menina e ir atrás do tempo perdido.
Júnior: Não sei o que fazer... - suspirei. Essa realmente não era minha primeira opção, sei que a Júlia ficaria arrasada só com a possibilidade de perder a guarda da Malu. Mas por outro lado, meu pai está certo. Eu teria mais tempo para compensar esses três anos com a minha filha. Eu realmente queria ter feito parte da vida dela quando ainda estava na barriga. Se a Júlia tivesse me dito naquela época eu ficaria muito feliz e assumiria o bebê, assim como fiz com o Davi. Claro que no primeiro momento que a Carol me disse que estava grávida eu fiquei com medo de isso interferir na minha carreira. Mas depois eu fui percebendo que conseguia vivenciar e ser feliz nas duas coisas. No começo não foi fácil, mas pelo caminho eu fui aprendendo. A Carol era minha amiga, então esse foi um fator muito importante para dar tudo certo. Nunca iria imaginar que a única vez que dormi com uma amiga, três meses antes de viajar para Ibiza, iria engravida-la. Também nunca imaginei que meses depois engravidei outra pessoa, uma mulher que virou meu mundo para baixo em uma semana. A vida nos direciona por uns caminhos loucos as vezes!
Neymar pai: Júninho? - chamou minha atenção de volta para ele.
Júnior: Desculpa, tava só pensando nessa loucura que é minha vida. - sorri um pouco. - Sobre esse assunto que estamos conversando, vou pensar mais um pouco e te deixo saber o que vou fazer quando eu me decidir.
Neymar pai: Tudo bem! Mas fique sabendo que eu tenho certeza que deveríamos ir para a Justiça. - assenti. - Outra coisa, vamos deixar essa história escondida o máximo que puder até resolvemos tudo. Fala para os meninos e a Carol para não contar isso pra ninguém de fora e eu vou falar para a sua mãe.
Júnior: Penso o mesmo e já falei isso para eles. Até disse para a Carol não contar nada para o Davi e esperar tudo se acalmar para eu mesmo contar a ele.
Neymar pai: É o melhor mesmo. Vamos deixar a Rafa, a Bruna, os outros moleques e a nossa família sem saber também por enquanto. Pelo menos até alguns deles vier para cá ou a gente ir para o Brasil.
Júnior: Pode deixar! - levantei. - Não é como se eu estivesse ansioso para contar para a Bruna que tenho mais um filho. Já imagino o drama que será... - suspirei e saímos do escritório.
Neymar pai: Ela vai entender porque gosta de você, mas você tem que entender o lado dela também. Não é fácil para ela...
Júnior: Não é fácil para mim... - murmurei enquanto subimos a escada, desejei boa noite para ele no corredor e entrei no meu quarto ansioso para dormir e esquecer tudo isso por algum tempo.
Eu, a Sarah e a Malu acordamos na segunda cheias de alegria e farra na minha cama. Ontem à noite, depois da pizza e de desejar boa noite para a Dona Marcela e o Senhor Dennis, subimos para o meu quarto e terminamos nossa noite vendo filmes.
Júlia: Chega! Tenho que levantar pra agilizar as coisas ou vou chegar tarde no hospital. - falei parando com a luta de travesseiros com as duas e descendo da cama.
Malu: Aí, mamãe. Só maix um poquinho... - fez bico.
Júlia: Não dá, meu amor. A mamãe tem que trabalhar agora.
Sarah: Outra hora a gente brinca mais, princesa. A tia também tem que voltar pra casa! - disse descendo da cama também e a Malu aceitou continuando a pular na cama sozinha.
Júlia: Vai trabalhar ainda hoje? - perguntei pegando o meu celular e olhando as mensagens que eu tinha recebido.
Sarah: Vou, mas só de tarde. E aí, como você vai fazer para ir no negócio amanhã? Vai estar de folga? - falou, me lembrando da bagunça que está a minha vida no momento.
Júlia: Não! - suspirei. - Vou ir na direção do hospital hoje e explicar que vou precisar chegar um pouco mais tarde.
Sarah: Será que vai correr tudo bem lá com vocês e o Júnior?
Júlia: Não sei, Sarah. Eu espero que sim... - guardei o celular e fui abrir as janelas do quarto.
Sarah: Vai dar, se Deus quiser. - sorriu. - Qualquer coisa me liga, ouviu?! - assenti. - Vou lá no meu quarto tomar banho e depois vejo vocês no café da manhã antes de eu ir pra casa.
Júlia: Vai lá. Vou deixar a Malu lá em baixo com quem tiver disponível e subir de volta para tomar o meu também. - chamei a Maria, saímos do meu quarto, a Sarah entrou no dela e descemos as escadas. A Rosinha tava na cozinha e disse que nem minha mãe e nem meu pai tinham descido ainda. Então deixei a Malu com ela e voltei lá pra cima para se arrumar.
(...)
O dia no hospital foi corrido! E eu agradeço a Deus por isso, pois assim não tive tempo para pensar muito na minha vida. Porém, só foi chegar o final do meu expediente pra tudo voltar como era antes e lembrar das provações que eu estava passando.
Jéssica: Olá, florzinha! - disse entrando na minha sala, onde eu estava arrumando minhas coisas para ir pra casa. - Nem te vi hoje.
Júlia: Oi, amiga! Passei o dia todo atendendo e também não te vi. - murmurei ainda com a atenção no que estava fazendo.
Jéssica: O que aconteceu? - perguntou chegando perto de mim.
Júlia: Por que tá perguntando? - a olhei.
Jéssica: Porque tu tá falando toda desanimada e você não é assim, ué.
Júlia: Pode ser só por causa do cansaço depois do dia de hoje...
Jéssica: Mas não é né?!
Júlia: Não! - suspirei. - Veio de carro?
Jéssica: Não e tô aqui agora pra te pedi carona. - rimos.
Júlia: Sábia! - peguei minha bolsa e fui andando para a porta. - Vamos, no caminho te conto a bagunça que está minha vida no momento. - fomos para o estacionamento, entramos no meu carro, dei partida e fui o caminho todo até a casa dela dividindo a atenção entre o trânsito e a conversa.
Jéssica: Meu Deus, Júlia! Por que você não me ligou? - perguntou quando eu parei o carro na frente do seu prédio e terminava de contar como foi meu final de semana maluco.
Júlia: Foi mal, mas fiquei meio aéria depois disso tudo. - suspirei.
Jéssica: Nossa, eu imagino. A direção do hospital permitiu você chegar mais tarde amanhã?
Júlia: Na verdade eles me deram uma folga.
Jéssica: Que bom, então! E a Maluzinha? Reagiu bem quando você explicou pra ela?
Júlia: Sim, na medida do possível né! Ela ainda é muito pequena pra querer saber os detalhes, graças a Deus, então eu expliquei por alto e ela aceitou. - meu celular apitou com uma mensagem, fui ver e era o Júnior querendo saber se eu já tinha visto em qual restaurante iríamos nos encontrar. - O Júnior quer saber em qual restaurante vamos nos encontrar amanhã. - falei para a Jés.
Jéssica: Ele deve estar bem ansioso!
Júlia: Sim, deve mesmo! O pior é que ainda não tive tempo de ver algum lugar... - suspirei.
Jéssica: Tem que ser um mais tranquilo né?!
Júlia: Sim! Eu realmente não sei como vai ser esse encontro... - respondi tensa.
Jéssica: Acho que será difícil achar um restaurante tranquilo e reservado pra vocês não serem encomendados.
Júlia: Você acha?
Jéssica: Sim! - ficamos pensando um pouco. - Porque você não marca algo tipo um piquenique em algum Jardim daqui de Madri? É mil vezes mais tranquilo e a Malu irá gostar mais ainda.
Júlia: É, posso até marcar em uns dos Jardim do Parque del Retiro que fui com a Carol e que o Júnior já sabe onde é.
Jéssica: Lá é um bom lugar! Bem espaçoso e por isso vocês vão poder conversar tranquilos.
Júlia: É, vai ser lá mesmo. - peguei meu celular e avisei ao Júnior que vamos nos encontrar lá. - Jés, tenho que ir agora. Preciso agilizar tudo.
Jéssica: Vai lá, amiga! Talvez quando eu sair do trabalho amanhã passo lá na sua casa, tá bom?
Júlia: Passa lá mesmo! Beijos... - nos abraçamos, ela desceu do carro e eu fui para casa. Quando entrei não achei ninguém na sala, coloquei minha bolsa no sofá, fui para a cozinha e a Rosa estava lá. - Oi, meu amor!
Rosa: Oi, Júlinha! - sorriu e eu beijei o rosto dela.
Júlia: Cadê a Maria? - perguntei indo até a geladeira e me servindo um copo de água.
Rosa: Sua mãe saiu cedo do trabalho e quando chegou foi com a Maluzinha no mercado. Ainda não voltaram...
Júlia: Ata! - lavei o copo que usei e sequei as mãos. - Rosinha, monta uma cesta de piquenique pra amanhã de manhã pra mim, por favor?
Rosa: Claro que faço, minha filha. O que você quer pra comer?
Júlia: Sei lá, coloca algumas frutas picadas que a Malu gosta, queijo, suco natural, pão e outras coisas que tiver...
Rosa, Pode deixar! Vou aprontar tudo hoje a noite e deixar agilizado pra amanhã.
Júlia: Obrigada, meu amor! Vou lá em cima tomar banho, tô morrendo de cansaço. - peguei uma maçã da fruteira. - Avisa a Dona Marcela que já cheguei quando ela voltar.
Rosa: Aviso sim... - antes de subir para o meu quarto, passei na sala e peguei minha bolsa. Deixei ela na cadeira perto da minha cama, fui para o banheiro, me despi, entrei no box e tomei um banho bem demorado e quentinho. Quando terminei fui para o closet, vesti um conjunto de moletom, prendi o cabelo no alto e voltei para o quarto. Peguei meu celular, saí para a sacada, deitei na espreguiçadeira e fiquei mexendo nas minhas redes sociais enquanto comia minha maçã. Quando enjoei, tirei uma foto e postei no insta.
SanchezJú: Mantenha a fé em todas as horas e lugares. ♡
mylifejulia: Linda, meu amor ♡
sanchezsarah: Te amo!
livia_ac: Olha essas unhas @laila_ac
boounzueta: Sua maravilhosa!
lionsouza: Que gata
jujubasfc: Lindas @SanchezJú @SanchezSarah
daniel_brito: Maloqueira!
sanchezjú: Te amo @SanchezSarah e também te amo, seu idiota @Daniel_Brito
Continuei olhando os comentários até ouvir barulhos de passos no corredor e logo depois a porta do meu quarto sendo aberta.
Malu: Mamãe? - chamou do quarto.
Júlia: Tô aqui na sacada, meu amor. - respondi e segundos depois ela apareceu com a minha mãe atrás dela.
Malu: Oi, mamãe! Eu tava no mecado com a vovó. - disse subindo no meu colo e eu beijei sua testa.
Júlia: Oi, princesa! Que legal, comprou o que pra mim? - sorri.
Malu: Nada! A vovó só compou vedulas... - fez bico e eu e a mãe rimos.
Júlia: Só verduras, Dona Marcela?! - falei olhando para ela e a mesma veio me da um beijo na bochecha.
Marcela: Oi, minha filha! Chegou a muito tempo?
Júlia: Faz um pouco de tempo sim... Chegou cedo da loja por que? - mexi no cabelo da Malu.
Marcela: Porque tava a fim... - rimos.
Júlia: Ser sua própria chefe tem suas vantagens.
Marcela: Ô, se tem! E como foi lá no hospital?
Júlia: Corrido e cansativo. Mas achei bom, me distraí um pouco... - sorri.
Marcela: A Rosa disse que você pediu pra ela montar uma cesta de piquenique.
Júlia: Pedi! A Jéssica me deu a idéia de fazer o encontro com o Júnior nos jardins do Parque del Retiro pra ser mais tranquilo. Você sabe que é difícil achar algum restaurante aqui em Madri tranquilo, né?!
Marcela: Sei e gostei da idéia dela. É melhor até pra Maluzinha que ama um piquenique. - riu.
Malu: Mamãe, a genti vai fazer piquenique?
Júlia: Vamos, amor! Lembra que eu falei que você e seu pai vão se encontrar? - ela assentiu. - Então, vai ser amanhã, ele vai participar do piquenique.
Malu: Oba! - exclamou alegre e minha mãe riu.
Marcela: Já avisou a ele?
Júlia: Já!
Marcela: Ah sim! Vamos ir na barraca aqui da rua tomar açaí, Maluzinha?
Malu: Vamo! Masi eu quelo sovete, vovó. - disse descendo do meu colo.
Marcela: Tá bom! Vamos Júlia?
Júlia: Tô com preguiça, mãe.
Malu: Bola, mamãe! A vovó vai compar pra voxê tabem... - pediu puxando minha mão.
Júlia: Ah se é assim eu vou! - levantei colocando o celular no bolso.
Marcela: É muito pão dura mesmo. - rimos e saímos do meu quarto.
(...)
Terça - Feira, Novembro de 2014
Xxx: Júlia, acorda! - escutei alguém falando através do meu sono, porém não fui capaz de identificar quem era. - Júlia!
Júlia: Aann... - abri um olho e vi que era a minha mãe. - O que foi?
Marcela: Levanta logo! - começou a abrir a porta da sacada.
Júlia: São que horas? - perguntei ainda do mesmo jeito que estava.
Marcela: Quase sete...
Júlia: Pô mãe, tá muito cedo! Me deixa dormir... - murmurei fechando o olho.
Marcela: Júlia, não vou falar mais. Eu e seu pai queremos te ver antes de ir para o trabalho. E que horas você marcou com o Júnior?
Júlia: Oito e meia. - respondi sentando, já que o sono tinha evaporado só por lembrar que o primeiro encontro oficial do Júnior e da Malu é hoje. - A Maria já acordou?
Marcela: Não! Quer que eu a acorde para se arrumar?
Júlia: Não, deixa ela dormir mais um pouco. Enquanto isso vou me arrumar para adiantar as coisas.
Marcela: Tá bom! Se arruma e desce ou seu pai não vai conseguir te esperar. - assenti e ela saiu do meu quarto. Hoje a Malu vai conhecer o pai e o Júnior vai conhece-la também. Não sei se estou preparada para isso. Afinal, eu sou a culpada por isso só está acontecendo agora. Mas hoje não é sobre mim e sim sobre eles. Ontem, antes de dormir, pedi a Deus para abençoar o dia de hoje e torna especial para eles. Que tudo ocorra bem!
Tomei um banho super rápido e escolhi uma calça jeans e uma blusa de manga soltinha para vesti. De calçado escolhi um tênis confortável, escovei meu cabelo, passei um pouco de maquiagem no rosto e perfume, peguei meu celular e saí do quarto indo direto para a cozinha onde estava meus pais e a Rosa.
Júlia: Bom dia!
Dennis: Bom dia, meu amor! - cheguei perto dele e o mesmo beijou minha bochecha.
Rosa: Bom dia, Júlinha! A cesta que você pediu ontem está pronta. - sorriu apontando.
Júlia: Obrigada, Rosinha. Você é 10! - sorri.
Marcela: Não vai comer nada aqui?
Júlia: Não, porque vou perder a fome. Mas vou tomar um copo de suco. - sentei junto com eles na mesa e me servi um pouco de suco de laranja.
Dennis: Como você tá?
Júlia: Um pouco tensa, mas bem. - respondi entre goles do suco.
Dennis: Ele já deu algum sinal de vida?
Júlia: Não! A última vez que falei com ele foi para dizer o local do encontro.
Marcela: Será que ele já está aqui em Madri?
Júlia: Não sei, mas ele disse que iria vir ontem de tarde.
Dennis: Já deve ter chegado, então. Bom... - levantou da cadeira. - Já está na minha hora, preciso ir. Qualquer coisa me liga, Júlia. Mais tarde irei ligar pra saber como foi. - eu assenti e ele beijou minha testa.
Marcela: Eu também tenho que ir e a mesma coisa serve para mim, hein Júlia.
Júlia: Tá bom! Vou deixar vocês saber de tudo... - eles se despediram de mim e da Rosa e foram para o trabalho. - Vou lá acordar a Maria, Rosinha. - falei levantando e ela assentiu. Fui para o quarto da Malu e a mesma ainda estava dormindo tranquilamente. Deu até dó de acorda, mas não tem outro jeito. - Amor, vamos acorda! - beijei sua cabeça.
Malu: Mamãe... - murmurou sonolenta ainda sem abri os olhos.
Júlia: Oi, princesa! Bom dia! - passei a mão pelo cabelo dela.
Malu: Dia... O piquenique é agola? - abriu os olhos e me olhou.
Júlia: Sim, só falta você acordar pra gente ir.
Malu: Masi eu já acodei, olha. - se espreguiçou e eu ri.
Júlia: Então vamos tomar banho e se arrumar. - ajudei ela a descer da cama e fomos para o banheiro.
Malu: Nós vamo comer futinhas? - perguntou enquanto eu tirava suas roupas e fralda.
Júlia: Vamos! - coloquei ela dentro do box e comecei a dar banho nela que não parou de falar.
Depois que terminamos e ela já estava pronta, arrumei nossas coisas e fomos para a cozinha.
Malu: Bom dia, tia losa!
Rosa: Bom dia, Maluzinha! - beijou o rosto dela. - Já estão indo?
Júlia: Já! - peguei a cesta do balcão.
Rosa: Vão com Deus e vai correr tudo bem, minha filha.
Júlia: Que ele te ouça, Rosinha. - beijei o rosto dela e peguei a mão da Malu.
Rosa: Coloquei uma mantinha na cesta pra você forrar na grama.
Júlia: É por isso que te amo, mulher. - rimos, saí de casa com a Malu, abri a porta traseira do meu carro, prendi ela na cadeirinha, deixei a cesta do seu lado, entrei no banco do motorista e quando estava prestes a dar partida meu celular começou a tocar. Peguei o mesmo e depois que vi que era a Sarah atendi. - Olá!
Sarah: Oi! E aí, já tá com o Júnior? Como está sendo?
Júlia: Calma! Não estou com ele ainda...
Sarah: Aff! Tá fazendo o que então?
Júlia: Estava prestes a dar partida para o parque se você não tivesse me ligado.
Sarah: Ah! O Júnior já está lá?
Júlia: Não sei! Não falo com ele desde ontem...
Malu: Mamãe, coloca desenho!
Júlia: Coloco sim amor... - comecei a procurar um desenho aleatório em meio a bagunça que estava o meu carro.
Sarah: Será que ele desistiu, Júlia?
Júlia: Pra quem queria tanto isso, eu acho difícil. - coloquei o DVD que logo começou a tocar.
Sarah: Vai ver ouve algum emprevisto.
Júlia: Acho que ele iria avisar se tivesse acontecido algum, né. Pelo menos eu espero isso.
Sarah: É, né! E a Maluzinha, tá de boa?
Júlia: Muito! Acho que com essa idéia do piquenique ficou mais fácil. Você sabe o quanto ela ama coisas ao ar livre, onde ela possa correr a vontade. - rimos.
Sarah: Sei bem! Então tá, vou deixar vocês irem. Mais tarde eu ligo pra saber como foi...
Júlia: Ok, beijos!
Sarah: Beijo! - desligamos e eu dei partida no carro.
Um pouco mais de 15 minutos chegamos no Parque del Retiro e percebi que estava bem tranquilo. Graças a Deus só costuma encher de gente nos finais de semana.
Depois de estacionar o carro, tirei a Malu, pequei a cesta é minha bolsa, fechei o carro e travei o alarme. Andei pelo parque com a Malu tagalerando até achar um lugar lindo e reservado, em baixo de uma árvore gigante, pra gente ficar. Estendi a manta, que a Rosa colocou e depois de colocar a cesta e a minha bolsa em cima, sentei junto com a Malu.
Malu: Eu posso comer umas futinhas, mamãe?
Júlia: Pode! - sorri. - Mas não podemos comer tudo ainda porque temos que esperar o Júnior ou ele ficará triste, Ok?!
Malu: Tá bom! - disse concordando. Abri a cesta e olhamos para as frutas que a Rosa colocou.
Júlia: Você quer qual?
Malu: Uva! - peguei a bandeja e coloquei do lado dela que não esperou um segundo para atacar. Meu celular começou a tocar, peguei e dessa vez era o Júnior.
Júlia: Oi! - falei atendendo.
Júnior: Oi... Já está no Parque?
Júlia: Sim, estamos.... Cadê você, desistiu?!
Júnior: Nunca! - exclamou sério. - Me atrasei um pouco, mas cheguei aqui agora. Em qual lugar você tá?
Júlia: Na mesma direção que eu e a Carol estávamos... - expliquei mais um pouco pra ele e depois desligamos. Menos de 5 minutos depois ele apareceu todo lindo, vestindo uma bermuda, moletom e tênis. Preciso se concentrar apenas na Maria Luísa e estar ao lado dela para explicar qualquer dúvida que aparecer. Isso fará com que tudo ocorra bem e é o mínimo que eu posso fazer, para ela e o Júnior, depois de tudo.
Depois de passar quase meia hora fazendo ele entender isso, consegui ir ao encontro da minha filha com alguns minutos de atrasaso.
Agora eu estou aqui, olhando para ela e a Júlia sentadas em uma manta na grama com uma cesta ao lado. Se as coisas fossem diferentes eu seria um cara sortudo por ter essas duas meninas lindas comigo. Mas não são, infelizmente!
Júnior: O-oi! - falei com um tom nervoso quando cheguei perto delas. A Júlia já estava olhando para mim antes mesmo de eu chegar perto, com um sembrante tão tenso quanto o meu. Mas a Malu só tirou a atenção das uvas que estava comendo e olhou para mim quando ouviu minha voz.
Júlia: O-oi, Júnior! - sorriu um pouco e olhou para a nossa filha. - Filha, esse aqui é o Júnior. Dá "Oi" pra ele...
Malu: Oi! Voxê é meu papai? - perguntou na lata, me fazendo ficar surpreso e sem palavras por alguns segundos. Olhei para a Júlia e a mesma também demonstrava um pouco de surpresa e parecia estar esperando a minha resposta assim como a Malu.
Júnior: S-sim, sou seu pai! - respirei fundo. - E eu estou muito feliz por isso.
Malu: Eu tabem! - sorriu e o meu sorriso depois disso foi automático. Acabei de descobrir uma das coisas que a Júlia disse que ela herdou de mim: O sorriso! - Voxê quer uva? - pegou uma na mãozinha e me mostrou. - A mamãe disse que se eu comer tudo, voxê ia fica tiste. - eu ri e olhei para a Júlia que estava sorrindo olhando pra gente.
Júnior: É claro que eu vou querer, eu amo uva e por causa disso iria ficar triste se você comesse tudo.
Malu: Masi eu não comi tudo. Eu deixei pra voxê, óh... - apontou para a bandeja que ainda estava cheia. - Senta aqui pra voxê come tabem. - bateu no espaço ao seu lado e eu sentei com um sorriso gigante na cara. A tensão e nervosismo foi para o espaço. A Júlia fez um ótimo trabalho e criou uma menina simpática e gentil. Apesar de sentir raiva por não ter participação nisso, não posso negar que ela mandou bem. - Toma! - me deu uma uva assim que eu sentei e pegou uma também.
Júnior: Obrigado! - coloquei na boca. - Nossa, tá muito boa essa uva.
Malu: Cuidado! Não podi goli os caloços...
Júnior: Quem falou que não pode? - perguntei sorrindo.
Malu: A mamãe! Ela disse que podi machuca os dentinhos e fazer mal pra baiga.
Júnior: Ah! - olhei rindo para a Júlia. - Agora vou ter cuidado para não engolir mais, tá bom?
Malu: Tá bom! - respondeu comendo outra uva. - Eu te vi no outo dia, voxê me viu tabem?
Júnior: Eu vi sim! Você tava muito bonita, assim como hoje. - ela sorriu.
Malu: Voxê tabem é boito!
Júnior: Obrigado! - ri e a Júlia também.
Malu: Voxê é papai meu e do Davi, né?
Júnior: Sou!
Malu: A mamãe disse que eu e o Davi somos imãozinho, como ela e a titia Salah.
Júnior: Sim, vocês são irmãos. Ele vai ficar muito feliz por isso! - sorri. Sou o cara mais feliz do mundo por ter esses dois como filhos.
Malu: Igual eu poque agola a xente vai se vê muto e bincar tabem. - disse sorrindo e eu ri.
Júnior: É muito legal né?! - ela assentiu. - Vou levar vocês em todos os parques que quiserem e vamos brincar muito, você quer?
Malu: Quelo! - exclamou empolgada, do mesmo jeito que eu estava por dentro. - Eu vou ter que chama voxê de papai igual o Davi?
Júnior: Ahn... - olhei para a Júlia pensando o que vou responder. - V-você pode chamar, mas só se tiver vontade....
Júlia: Ninguém vai te obrigar, amor. Você pode chamar ele do que estiver a vontade. - disse me ajudando e entrando na conversa pela primeira vez. - Você pode chamar ele de Júnior...
Júnior: Ou Júninho! Todo mundo me chama de Júninho... - sorri. É lógico que eu ficaria super feliz se ela me chama-se de pai, mas crianças têm que fazer as coisas que tiver vontade. Pode ser que algum dia ela se acostuma e me chame de pai, pode ser que não. Só Deus sabe!
Malu: Xúninho! - sorriu.
Júnior: Isso aí. - ri.
Júlia: Vocês tão afim de comer algo mais do que uvas? Porque eu tô morrendo de fome. - disse abrindo a cesta.
Malu: Eu quelo, mamãe! Voxê quer, Xúninho? - me olhou.
Júnior: Claro q sim. Também tô morrendo de fome. - sorri passando a mão na barriga.
Malu: O Xúninho tabem quer, mamãe.
Júlia: Vamos ver o que tem aqui... - falou olhando dentro da cesta. - Tem sanduíche, vão querer?
Júnior&Malu: SIM! - dissemos ao mesmo tempo e nós dois e a Júlia rimos.
Júlia: Tudo bem! - tirou uma bandeja cheia de sanduíches da cesta, colocou no meio da gente e depois tirou duas garrafas pequenas e um copo rosa de criança com suco de laranja. Deu o copo para a Malu, uma garrafinha pra mim e ficou com o outro.
Malu: Pode comer?
Júlia: Pode comilona. - respondeu rindo e depois disso atacamos os sanduíches. Essa pequena parece mais comigo do que eu imaginava. A felicidade não cabe no meu peito só por estar aqui, passando esse tempo com ela. Não vou parar de repetir o quanto é inacreditável que eu tenha uma filha tão bonita e abençoada como ela.
Enquanto comíamos aproveitei para enche-la de perguntas sobre as coisas que ela gostava de fazer. Quis saber sobre tudo! Me disse sobre as coisas que gosta de brincar, sobre os desenhos favoritos, comida, doces e etc. Enquanto a gente conversava, a Júlia só observava e falava algumas coisas ou outra que a Malu pedia.
By Vic:
Hey, povo! Feliz Natal atrasado e Feliz Ano Novo adiantado. ♡
Próximo capítulo já está pronto, porém postarei quando tiver uma boa quantidade de comentários nesse capítulo. Beijos!
Ps: Era pra ter postado esse capítulo dias atrás, porém os poucos comentários que teve no capítulo anterior me desanimou e só consegui terminar esse agora. A fic está tendo uma quantidade boa de visualizações, mas comentários muito pouco.